domingo, 6 de maio de 2012

Racismo é coisa de preto.

Não se pode mais falar sobre um negro em cima da árvore comendo banana que vocês pensam que sou racista. Mas não pensam na possibilidade dele ser um instrutor de tirolesa na hora do lanche repondo o potássio no organismo. É triste quando nós, cidadãos de bem, que não ateamos fogo em mendigo e pagamos o fundo de previdência da empregada doméstica, somos taxados como preconceituosos ao fazermos uma piada. 

Hitler era racista, praticava genocídios nas tardes de domingo; Silas Malafaia, incita ódio aos homossexuais; Regina Casé, só chama gente feia pra participar do Esquenta. Preconceito significa fazer mal, ou privar uma minoria de seus direitos dados na constituição. Uma piada de humor negro tem esse poder? Não somos egocêntricos tapados que acreditam na utopia de harmonia entre as etnias, mas é claro que o preconceito se dá agora de uma forma subjetiva, menos direta.

Existe um medo geral, entre nós piadistas, de possíveis intimações judiciais que possam chegar em nossas casas se uma piada for mal interpretada. A lei anti racismo é um pesadelo recorrente pra quem tenta ser engraçado de formas diferentes. Há quem diga (velhas mal comidas & evangélicos) que esse tipo de humor negro é fruto de mau-caratismo e falta de umas porradas quando criança; mas também há quem ache divertida uma piada to tipo "O que é um pontinho negro na África? R.: Só mais um.". Não existem casos de piadas que motivaram alguém a espancar um preto na rua.

Será que essa política anti-racismo por meio de leis e cotas é a correta? Rui Barbosa, como Ministro da Fazenda, conduziu a queima de arquivos do período escravista. Achou-se louvável apagar os registros da época negra (nefasta) da história Brasileira; mas hoje percebe-se o quanto essa medida foi tapada, já que todo o acervo pilhado poderia ser usado na conscientização da massa.

Parece que existe um interesse para que acreditemos numa instituição diabólica e maléfica do racismo; sinto que essa política e jurisprudência ferem meus direitos de expressão, no ponto que é quase impossível escolher o termo certo pra se referir a um negro que não sei o nome. Moreninho, crioulo, de cor, preto, negão, peito do pé do pedro, "passa dedo no braço". 




Uma solução seria todo mundo andar com um crachá, e pararem de me chamar de branquinho, pois isso me deixa emputecido querendo pedir reparação por danos morais. 

2 comentários:

  1. cara tá tudo errado lá nos eua pode falar black music mas aqui não pode falar "música de preto" absurdo isso

    ResponderExcluir
  2. porra, belo texto, ficou foda cara, disse tudo!

    ResponderExcluir